quarta-feira, 20 de junho de 2007

Enfim, a explicação!!

O aumento da concentração fundiária do espaço agrário latino-americano, associado às difíceis condições de vida no campo, levou uma imensa parcela de camponeses a abandonar suas terras e migrar para as cidades, principalmente a partir de meados do século XX.
Assim inicou-se a urbanização, que intensificou-se com o desenvolvimento da atividade industrial, que gerou muitos postos de trabalho nas fábricas, no comércio e no setor de serviços, atraindo uma imensa mão-de-obra para as cidades. Uma das causas dessa migração também foi a modernização do campo, que eliminou vários trabalhadores do campo. Além, do crescimento natural da população urbana.
Um aspecto importante nessa urbanização, é a metropolização, ou seja, o processo no qual uma aglomeração urbana, em razão do seu crescimento populacional e de sua importância econômica ou política, passa a adquirir maior relevância em relação às outras cidades. Isso ocorre porque as correntes migratórias deslocam-se principalmente em direção aos maiores centros urbanos, onde existe uma oferta relativamente maior de postos de trabalho.
Porém, a urbanização na América Latina ocorreu de forma desordenada, o que propiciou o surgimento de áreas extremamente deterioradas, ou seja, houve uma urbanização excludente e, devido a isso, muitas pessoas não tiveram acesso a moradias adequadas e serviços urbanos essenciais, como saneamento básico e coleta de lixo. Gerando de um lado áreas com ótima infra-estrutura e melhores serviços e de outro lado, bairros mais carentes e precários.
Por isso, pode-se afirmar que o crescimento das atividades urbanas nos países latino-americanos, sobretudo nas indústrias, não foi capaz de gerar novos postos de trabalho na mesma proporção em que aumentava a população nas cidades.

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